Pardieiros sitiada: a tragédia da restauração entre o fogo e o abandono do Estado

Reportagem sobre o impacto económico e emocional do incêndio de 2025 e a falta de apoio estatal à restauração e hotelaria.
Pedro Miguel Costa
Pedro Miguel Costa Editor-executivo
Nelson Costa Editor de imagem
João Franco Repórter de imagem
19 dez. 2025, 20:00

Em agosto de 2025, o fogo que nasceu na Serra do Açor desceu os barrancos e chegou a Pardieiros. O inferno demorou um dia, mas a população, como a empresária Carla Brito, dona de um alojamento local, acordou às 7h30 para puxar mangueiras, quando as chamas estavam a dois passos.

A tragédia do fogo não se limitou ao campo: a serra coberta por um manto negro levou ao cancelamento massivo de reservas e a uma queda acentuada na taxa de ocupação turística, gerando quebras profundas nos negócios de hotelaria e restauração. A esperada fartura de 2025 evaporou-se. Carla Brito bateu a várias portas (Segurança Social, Turismo de Portugal, Câmara), mas o apoio estatal, conforme explica o Presidente da Câmara, Luís Paulo Costa, restringiu-se ao levantamento inicial de perdas diretas (telhados e muros), deixando quem perdeu o verão inteiro a ver navios.

Reportagem de Pedro Miguel Costa e João Franco com Edição de Nelson Silva.