João Proença: "Novas medidas pretendem aumentar a precariedade, sobretudo a dos jovens"

Ex-Secretário-Geral da UGT critica as 130 alterações ao Código do Trabalho propostas pelo Governo, alertando para a "liberalização dos despedimentos" e o impacto negativo na estabilidade laboral dos mais novos.
Luís Varela de Almeida
Luís Varela de Almeida Jornalista
11 dez. 2025, 17:19

João Proença, Ex-Secretário-Geral da UGT, não tem dúvidas sobre o objetivo do novo pacote laboral que levou à Greve Geral. Em entrevista ao Conta Lá, Proença classificou as 130 alterações ao Código do Trabalho como "lesivas dos interesses dos trabalhadores", sublinhando que a política nos últimos anos tem sido tentar reduzir a precariedade, mas que as novas medidas pretendem "aumentar a precariedade, sobretudo a precariedade dos jovens."

O ex-líder sindical critica a lógica de que a legislação laboral é uma "antítese da produtividade e da competitividade", alertando ainda para a "liberalização dos despedimentos" que o pacote procura facilitar, seja através dos despedimentos coletivos (com a substituição por outsourcing) ou dos individuais, onde pode não haver reintegração mesmo após decisão judicial